Há dias assim, de secura, de sede metafísica, deserto na alma, dias que nos transformam nuns Átilas das garrafas: por onde passamos não fica uma de pé. Dias de Dry Martini sem fim nem princípio, dias de tapete rolante do bar para a mesa, dias de barman transformado em polvo, oito braços a preparar-nos cocktails, dias de "Sam, whisky from here to here" [espero não estar a confundir os filmes...], dias assim, em que o Paraíso se transforma numa interminável distilaria e Deus, Ele-mesmo, no maior bootlegger do mundo.
PS - um dia serei crente e direi "no melhor bootlegger do mundo".
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.