31.7.05

Cem por cento?

No Expresso de ontem Nicolau Santos vem, de novo, batalhar contra a venda a espanhóis de empresas portuguesas. Raramente estou de acordo com o que ele escreve, mas acho que o artigo de ontem faz prova de uma má-fé intelectual pouco habitual naquela coluna.

Não é, obviamente, porque os empresários portugueses são corruptos e incompetentes que se deve aprovar a venda das suas empresas a espanhóis (já agora, e se for a ingleses, ou franceses, ou alemães, ou americanos)?

É por uma razão mais simples: uma empresa, se quiser crescer (ou sobreviver) no mercado internacional necessita de uma certa dimensão. E algumas empresas portuguesas - de resto, ambiciosas e com razões para o ser - preferiram integrar grupos maiores e mais fortes, assegurando assim o seu crescimento e a sua longevidade.

Não é preciso ser uma "pura vestal do neoliberalismo" para aceitar isto.

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