24.11.05

Sede - II

O licor que há anos me ofereceste, e que na altura não apreciei muito, está divino. Havia uma dureza que se evaporou, se transmutou em doçura, e sabor. Como eu, repara: tenho quase esta idade toda e ainda espero que, como o teu licor, a vida se me torne mais suave.

Mais doce, percebes? Menos amarga, menos como um café que se deixou queimar, menos como chuva fria numa cabeça a descoberto.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.