Pouco me importa saber, meu caro, se és isto, aquilo ou aqueloutro. Pouco me importa, devo dizer-te, o que és, quem és, o que foste ou serás. Importa-me só o que fazes, fizeste, vais fazer ou - mais que tudo - vamos fazer. É nisso que, quanto a mim (e para mim), deves concentrar-te. Deixa as dúvidas, manifestas ou por manifestar, para outras ocasiões. Deixa o futuro em paz; fode-o, quando muito, como a Patti Smith, mas esquece-o: ele pouco se preocupa contigo. Não lhe dês nomes, nem cores, nem horizontes.
O futuro é uma puta que te serve Irish Coffees irremediáveis, sonhos como camisas de vénus furadas, e ressacas, esplêndidas (mas dolorosas) ressacas.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.