Oiço muitas vezes dizer que, com a burocracia que temos actualmente, não poderíamos repetir os feitos de antanho. É indubitavelmente verdade. Mas também é inegável que não são os actuais empresários e gestores nacionais que fariam hoje o que os nossos antepassados fizeram (salvo, claro está, raras, e tanto mais honrosas, excepções).
A aversão ao risco é o traço distintivo da nossa personalidade actual. Não sei porquê. Provavelmente, tem a ver com a pobreza: não são os ricos, são os pobres que são avessos ao risco - se bem no séc. XV não fôssemos exactamente ricos; será por causa da mão protectora do Estado? Não sei. A burocracia, o que faz, é afastar os mais empreendedores para outros países.
(Gosto deste termo, "avesso ao risco": significa "cobardola" em economês).
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.