- A carga fiscal em Portugal é muito alta.
- Não é, se a comparares à da Suécia, da Dinamarca ou da Finlândia.
- No aeroporto de Lisboa, as bagagens demoram muito tempo a chegar.
- Compara com o de Madrid, em que as bagagens são sistematicamente roubadas.
- Os salários em Portugal são muito baixos.
- Tivémos o maior aumento de carga salarial da Europa.
- A educação nacional está péssima.
- A nossa educação é um exemplo para a Europa - nenhum país da Europa teve a diminuição dos índices de analfabetismo que Portugal teve nos últimos 30 anos.
Há, realmente, um Portugal real e um país imaginário, como lhe chama Vasco Pulido Valente. Para quem vive no país real, o que conta é o presente; para os do país imaginário, é a comparação entre o que fomos e o que vamos ser. Eu, que sou optimista por escolha, formação e fatalidade, gostava imenso que a malta do país imaginário tivesse razão (e gostava ainda mais de fazer parte desse país).
Quem vai hoje a um hospital público não quer saber se há 30 anos eles eram muito piores - quer é que eles sejam bons hoje. O mesmo se aplica a quem tem filhos na escola, a quem paga impostos ou tenta criar empresas: nós não queremos um país melhor do que ontem, nem um país melhor do que A, B ou C - queremos um país bom, tout court.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.