22.5.07

Em louvor e glória da Casa do Largo (R. I. P.)

Hoje, dia nefasto entre tantos, lamentei uma vez mais o desaparecimento da Casa do Largo. Apetece-me dizer aqui aquilo que acabo de dizer a uma amiga querida (meço as palavras, todas e cada uma delas.):

"A Casa do Largo não era "um sítio muito simpático". Era o melhor, o mais bonito, o mais acolhedor bar do mundo. Era a única coisa que substituía - ainda que vagamente - um ventre. Era uma fonte de paz e bem estar, o sítio onde a felicidade se escondia quando queria jogar ao hard to catch; comparar a Casa do Largo a outro bar ou discoteca qualquer é como comparar cerveja a gasosa, vinho a sumo de pêra, whisky a licor de caramelo, Lauren Bacall a Nicole Kidman, Meryl Streep a Angelina Jolie (Angelina quê?), Humphrey Bogart a Brad Pitt, ou o mar.

Minha querida, muito querida amiga: o desaparecimento da Casa do Largo, o seu, como dizer? assassínio às mãos de um imperdoável bimbo, é o princípio do fim de uma civilização - ou, pelo menos, de uma época
".


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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.