Uma vez atribuí a Dostoievski uma personagem de Tolstoi, ou vice-versa, não me lembro; e confundi Narciso com Ícaro (- Narciso com Ícaro! Deve ser a queda, o que os une no meu espírito); também já atribuí a Hemingway um livro do Steinbeck, vejam bem. E não conheço ópera, apesar de pensar que gosto (além de que, forçoso é reconhecer, não gosto de uma ópera de Mozart com papagaios, Flautas, bruxas e Rainhas da Noite, vá saber-se).
Um engano, uma completa, total, irremissível fraude. Uma desgraça. Certa vez, até whisky de malte confundi com Johnny Walker; e muitas, aguardente com Luis de Camões.
Quantas vezes, quantas, confundi o passado com o presente, o futuro contigo, o sol e a lua, a água do mar e a água da vida, El Salvador e as Honduras, Monica Bellucci e Cecilia Bartolli, os nus e os mortos, Alcochete e o sonho americano, a guerra e a paz, os irmãos Karamazov e as irmãs Bennet?
Até já confundi a ausência e a distância, vê lá tu, coisas tão diferentes...
PS - nunca confundi Melanie com, sei lá, Marianne Faithfull, por exemplo, mas aposto que não tarda...
Broken English
Times Square
Running for Our Lives
(Os melhores clips têm o "embedding disabled")
...ou com a Maria João Pires, 57 minúsculos e insuficientes segundos, só para acabar com um happy ending:
Mais um, irresistível (7' 37")
(Schubert - Impromptus Op. 90, N. 4, D 899)
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.