Há uma ideia falsa, infelizmente bastante comum, segundo a qual os portugueses não são empreendedores. Nada mais errado: antes pelo contrário, há é que ficar surpreendido com a quantidade de empresas sub-capitalizadas, criadas por pessoas sem a menor ideia de gestão ou marketing que existem no nosso país.
Desde que cheguei a Portugal, vai para cinco anos, fui a inúmeros fórums, seminários, congressos, workshops sobre empreende-dorismo e similares. E cada vez mais confirmo que quem precisa de cursos e de formação e de encorajamentos na área do empreendedorismo em Portugal não são os empreendedores, que desses temos muitos e bons. São os financiadores. Esses é que, coitados, refugiados no imobiliário, nas tricas e na asa benemérita e protectora do Estado perderam o sentido e a necessidade do risco.
Encontrei, via Breaking Posts este post (a reprodução é parcial), com o qual não estou inteiramente de acordo mas que acho faz uma boa descrição do empreendedor:
Após consultar alguma bibliografia relacionada com este tema, seleccionei a seguinte lista de características do empreendedor:
Criatividade --- O empreendedor é, por natureza, criativo. O empreendedor actua para além dos limites dos meios colocados à sua disposição, usando a criatividade para atingir os seus objectivos.
Realização --- O desejo de realização pessoal é um dos principais factores que motivam o empreendedor. Muitas vezes mais importante que o ganho financeiro está a realização pessoal.
Tolerância ao risco --- O risco é uma constante na vida de um empreendedor. Compreender e tolerar o risco é uma das suas características.
Independência (ou autonomia) --- O empreendedor é autónomo, conseguindo prosseguir o seu caminho mesmo sem fazer parte de uma equipa ou empresa.
Perseverança --- O empreendedor não desiste enquanto não conseguir alcançar o seu objectivo, por mais adversidades que lhe sejam apresentadas.
Auto-confiança --- Para conseguir realizar tudo aquilo a que se propõe, o empreendedor acredita, acima de tudo, em si próprio.
Optimismo --- Todas as situações são abordados de um ângulo optimista. O empreendedor elimina rapidamente quaisquer dificuldades que se atravessem no seu percurso.
Será que o típico português possui as características necessárias ao empreendedorismo? Provavelmente terá algumas destas características mas não todas elas, sendo que muitas das vezes possui características inversas às desejadas (o caso da característica Optimismo).
Sim, o português é criativo (nós costumamos usar o termo "desenrascado"). Sim, o português deseja muito a sua realização pessoal, embora na maior parte dos casos isso se traduza somente na componente financeira (ou seja, ganhar a lotaria resolveria a questão).
Agora, será que o português é optimista? O português é fatalista, vislumbrando quaisquer problemas ou dificuldades antes de elas acontecerem (o célebre síndroma do "Velho do Restelo"). Será que o português possui auto-confiança em quantidade suficiente para assumir os riscos inerentes a uma actividade empreendedora?
Provavelmente sem uma "rede" não avançará, precisando de apoios externos (leia-se apoios financeiros) aos seus empreendimentos. Esta é provavelmente, a principal queixa por parte de quem tem ideias e quer montar empresas: a falta de subsídios ou de capital de risco.
Desde que cheguei a Portugal, vai para cinco anos, fui a inúmeros fórums, seminários, congressos, workshops sobre empreende-dorismo e similares. E cada vez mais confirmo que quem precisa de cursos e de formação e de encorajamentos na área do empreendedorismo em Portugal não são os empreendedores, que desses temos muitos e bons. São os financiadores. Esses é que, coitados, refugiados no imobiliário, nas tricas e na asa benemérita e protectora do Estado perderam o sentido e a necessidade do risco.
Encontrei, via Breaking Posts este post (a reprodução é parcial), com o qual não estou inteiramente de acordo mas que acho faz uma boa descrição do empreendedor:
Após consultar alguma bibliografia relacionada com este tema, seleccionei a seguinte lista de características do empreendedor:
Criatividade --- O empreendedor é, por natureza, criativo. O empreendedor actua para além dos limites dos meios colocados à sua disposição, usando a criatividade para atingir os seus objectivos.
Realização --- O desejo de realização pessoal é um dos principais factores que motivam o empreendedor. Muitas vezes mais importante que o ganho financeiro está a realização pessoal.
Tolerância ao risco --- O risco é uma constante na vida de um empreendedor. Compreender e tolerar o risco é uma das suas características.
Independência (ou autonomia) --- O empreendedor é autónomo, conseguindo prosseguir o seu caminho mesmo sem fazer parte de uma equipa ou empresa.
Perseverança --- O empreendedor não desiste enquanto não conseguir alcançar o seu objectivo, por mais adversidades que lhe sejam apresentadas.
Auto-confiança --- Para conseguir realizar tudo aquilo a que se propõe, o empreendedor acredita, acima de tudo, em si próprio.
Optimismo --- Todas as situações são abordados de um ângulo optimista. O empreendedor elimina rapidamente quaisquer dificuldades que se atravessem no seu percurso.
Será que o típico português possui as características necessárias ao empreendedorismo? Provavelmente terá algumas destas características mas não todas elas, sendo que muitas das vezes possui características inversas às desejadas (o caso da característica Optimismo).
Sim, o português é criativo (nós costumamos usar o termo "desenrascado"). Sim, o português deseja muito a sua realização pessoal, embora na maior parte dos casos isso se traduza somente na componente financeira (ou seja, ganhar a lotaria resolveria a questão).
Agora, será que o português é optimista? O português é fatalista, vislumbrando quaisquer problemas ou dificuldades antes de elas acontecerem (o célebre síndroma do "Velho do Restelo"). Será que o português possui auto-confiança em quantidade suficiente para assumir os riscos inerentes a uma actividade empreendedora?
Provavelmente sem uma "rede" não avançará, precisando de apoios externos (leia-se apoios financeiros) aos seus empreendimentos. Esta é provavelmente, a principal queixa por parte de quem tem ideias e quer montar empresas: a falta de subsídios ou de capital de risco.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.