30.4.08

Serviço público - restaurantes

De entre os vários tipos e categorias de restaurantes (clássicos, modernos, tradicionais, de família, tascas, de luxo, indianos, chineses, mexicanos, bons, maus, etc.) há um que se deve particularmente temer: o das pessoas-que-acharam-giro-ter-um-restaurante-e-largaram-tudo [normalmente um lugar muito bem pago na banca, ou nos seguros - a malta do cinema e da publicidade tem mais tendência a ir para o campo]-e-abriram-um-restaurante. Muito raramente são bons; na esmagadora maioria dos casos são maus, ou péssimos.

É fácil reconhecê-los: estão decorados "à moda", têm listas incompreensíveis, uma personalidade ou duas na clientela (ninguém larga um emprego na banca para abrir uma tasca) e são frequentados por jovens, quase exclusivamente (os mais velhos já há muito aprenderam a desconfiar da maioria das novidades, ou não estão para gastar dinheiro em "descobertas").

O Maria Moranga, na Rua da Cruz dos Poiares, cabe inteiramente nesta descrição; e infelizmente está no lado da maioria.


PS - acabo de escrever isto, e oiço o seguinte diálogo:

- Sabes a diferença entre Camarão à Nordeste e Camarão Masala?
- Não. Aqui só comi caril - faz um trejeito com a boca que me leva a pensar que o caril estava intragável (e perguntar-me porque terá organizado o jantar de aniversário aqui). - Gostei - conclui.


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