"Um par de mãos num par de mamas: é a isso que eu chamo uma win-win situation." Clara tem o álcool sensual, ou ordinário - depende do ponto de vista. Para o anfitrião era visivelmente ordinário. Estávamos a jantar em casa de H., um engenheiro muito tímido e muito bem educadinho que estava incomodadíssimo, coitado, com as bocas de Clara e não sabia onde havia de se meter. Ela dirigia-se a um dos seus filhos, um rapagão de 20 anos que corou até à raiz dos cabelos. Era estudante de gestão, ou economia ou coisa no género, na Católica; cada vez que olhava para ele só tinha vontade de o embebedar até ao coma alcoólico. Clara optou por lhe provocar uma erecção, velho jogo no qual era imbatível.
Estava explosiva - sinal seguro de que se chateava de morte com o jantar. Eu tentava mandá-la calar, ou desviar as atenções - mas com os olhos dizia-lhe para continuar, porque também me estava a chatear, e porque sabia o que me esperava em casa: dois terços da bebedeira eram fingidos, e o terço que sobrava prometia-me uma noite de sonho.
Estava explosiva - sinal seguro de que se chateava de morte com o jantar. Eu tentava mandá-la calar, ou desviar as atenções - mas com os olhos dizia-lhe para continuar, porque também me estava a chatear, e porque sabia o que me esperava em casa: dois terços da bebedeira eram fingidos, e o terço que sobrava prometia-me uma noite de sonho.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.