As ruas estão cheias: de gente, de barulho, de cheiro a mijo e a sardinhas assadas, de lixo; de prédios degradados, de gatos escanzelados e rafeiros piolhentos, de maricas de mão dada, de pretos aos berros, de jovens bonitas e sozinhas ou feias e acompanhadas - de gente, enfim; de vida e dos barulhos e dos cheiros da gente e da vida.
Olho para dentro e só vejo ruínas, interiores; ou, espero, anteriores. O futuro é melhor: o que veremos não será esta devastação. Outra, talvez. Mas haverá gente, os cheiros e os barulhos, e vida, sempre; e nós seremos, finalmente, parte dela.
Olho para dentro e só vejo ruínas, interiores; ou, espero, anteriores. O futuro é melhor: o que veremos não será esta devastação. Outra, talvez. Mas haverá gente, os cheiros e os barulhos, e vida, sempre; e nós seremos, finalmente, parte dela.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.