23.9.08

Uma grande mentira

Há mentiras que devem ser desmascaradas, todos os dias, todas as horas, sempre. Este post devia ser lido e repetido até à exaustão (tanto mais que ajuda a perceber muito, ou quase tudo, da nossa descolonização):

"Em Moçambique, Samora Machel possuía mil guerrilheiros moçambicanos, numa Frelimo de 4000 efectivos recrutados na Zâmbia e Tanzânia. Em Angola, o MPLA já nem lutava, a FNLA confinava-se a uma ténue linha sobre a fronteira do Zaire e a UNITA tinha, contas feitas, cem guerrilheiros."

2 comentários:

  1. Os nossos exemplares descolonizadores, Luís, quiseram - como hoje querem os nossos políticos - salientar-se, fazer o frete a terceiros e assegurar um lugarzinho na História. E o que me dói é que a História, que é capaz de ser ainda mais mentirosa do que eles, vai certamente acolhê-los.

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  2. Qualquer que fosse a posição ideológica de quem liderou a descolonização, a verdade é que Portugal não tinha exército para a fazer de outro modo. A descolonização que tivémos foi a que os movimentos de "libertação" (não consigo escrever isto sem aspas, desculpe, é incontrolável) quiseram que tivéssemos. Nem poderia ser outra - sem tropa, claro.

    O que acho impressionante é como se conseguiu fazer vingar a ideia de que os ditos movimentos tinham ganho a guerra militarmente - é uma mentira vergonhosa, repelente. A guerra colonial estava ganha e vendeu-se a ideia contrária - entre muitas outras coisas, para explicar a "inevitabilidade" daquela descolonização.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.