O romantismo trouxe-nos várias desgraças: o amor, a mistura deste com o sexo e o casamento (que depois começou a ter que ser para sempre) e - graças ao conceito de fatalidade, subjugação a forças incontroláveis e balivernas no género - a felicidade.
O direito à felicidade - pior ainda, o dever de ser feliz - é a maior fonte de infelicidade dos tempos modernos. Que passe depressa.
O direito à felicidade - pior ainda, o dever de ser feliz - é a maior fonte de infelicidade dos tempos modernos. Que passe depressa.
Não posso estar mais de acordo, Luís. O "dever de ser feliz" impede-nos de apreciar a vida como ela se nos oferece, e de pensar um bocadinho mais na felicidade dos outros. Corrosiva mas muito sábia, esta sua afirmação.
ResponderEliminarMeu Caro Luís,
ResponderEliminarJá dizia Goethe, o Clássico é a Saúde, o Romântico, a Doença. Só uma reserva: é verdade que a mistura do amor com o casamento foi uma má acção desse movimento, mas o carácter perpétuo da instituição conjugal era anterior, porque não-alicerçado, forçosamente, no sentimento amoroso, tantas vezes mais passageiro...
Sobre o "Direito à Felicidade"... está incrito na Constituição Americana, é o pior que se pode dizer dele.
Abraço
É certo, Paulo; mas havia mecanismos - a tolerância, uma curta esperança de vida - que aliviavam o casamento do seu carácter "perpétuo".
ResponderEliminarO "ê feliz ou sê parvo" é uma das piores tiranias dos dias de hoje. Passará, como todas, Ana.