A Liscont apresenta hoje um anúncio de página inteira no Público onde procura defender a construção do super-terminal de contentores em frente das Docas de Alcântara, assim como a concessão que lhe foi conferida pela Autoridade do Porto de Lisboa até 2042. Todos os pontos de vista esbarram com uma evidência: o super-terminal afasta irremediavelmente o rio da cidade, tapando-o com um muro de contentores.
No Público, no Jornal de Negócios e no Diário Económico. Parece-me que o primeiro objectivo da APL já não foi atingido: a saber, fazer a ampliação à revelia da cidade, e do país. Só por trazer para a luz do dia um debate que deve ser feito na praça pública esta iniciativa deve ser apoiada: Lisboa é das pessoas. Mais contentores, não!
O problema pode ser formulado assim: a área de Alcântara tem vantagens competitivas em termos europeus (e mundiais) para um determinado conjunto de actividades (cruzeiros, náutica de recreio, lazer) as quais geram empregos, geram impostos, contribuem para o desenvolvimento da economia nacional e permitem o usufruto do rio pela população e pelos turistas, sem grandes investimentos públicos, sem grandes obras, sem grandes perturbações. E uma entidade sem mandato para tal quer transformá-la numa medíocre (porque feita num local que não é apropriado, rodeado de malha urbana e sem possibilidades de expansão; e porque vai ter impactos negativos no urbanismo e no usufruto da cidade pelos seus habitantes e visitantes), inútil (segundo o Tribunal de Contas) e relativamente efémera (segundo o próprio Governo) plataforma de transbordo de contentores, o que requer um sorvedouro de fundos públicos, obriga a uma concessão longuíssima, impede o acesso ao rio e nos obriga a suportar seis ou oito anos de obras num ponto nevrálgico da cidade.
O problema pode ser formulado assim: a área de Alcântara tem vantagens competitivas em termos europeus (e mundiais) para um determinado conjunto de actividades (cruzeiros, náutica de recreio, lazer) as quais geram empregos, geram impostos, contribuem para o desenvolvimento da economia nacional e permitem o usufruto do rio pela população e pelos turistas, sem grandes investimentos públicos, sem grandes obras, sem grandes perturbações. E uma entidade sem mandato para tal quer transformá-la numa medíocre (porque feita num local que não é apropriado, rodeado de malha urbana e sem possibilidades de expansão; e porque vai ter impactos negativos no urbanismo e no usufruto da cidade pelos seus habitantes e visitantes), inútil (segundo o Tribunal de Contas) e relativamente efémera (segundo o próprio Governo) plataforma de transbordo de contentores, o que requer um sorvedouro de fundos públicos, obriga a uma concessão longuíssima, impede o acesso ao rio e nos obriga a suportar seis ou oito anos de obras num ponto nevrálgico da cidade.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.