A manifestação de professores teve muita gente. O comboio de Cascais estava cheio como se fosse segunda-feira, e na 24 de Julho os autocarros sucediam-se como se em jogo estivesse o futuro da humanidade. Não sei bem por ou contra o quê eles manifestam, e pouco me interessa. Os professores não são decerto os principais culpados do estado calamitoso da nossa educação - há muitos, antes deles.
E desses muitos nós, nós todos, colectivamente, nós povo português fazemos parte. A cultura da impunidade, a delegação na escola de tarefas que incubem aos pais, o culto da igualdade, a falta de estímulo para se completar os estudos, a falta de exigência - tudo isso contribuiu, provavelmente mais do que os professores.
E a indiferença. A indiferença com que aceitámos esta sucessão ininterrupta de "experiências" com a educação, as mudanças constantes de programas e de curricula, de denominações. O principal culpado é o povo português: os ministros, actual e passados, só fazem o que fizeram porque nós aceitámos.
Os professores bem podem manifestar: a contribuição deles para o descalabro foi pequena.
E desses muitos nós, nós todos, colectivamente, nós povo português fazemos parte. A cultura da impunidade, a delegação na escola de tarefas que incubem aos pais, o culto da igualdade, a falta de estímulo para se completar os estudos, a falta de exigência - tudo isso contribuiu, provavelmente mais do que os professores.
E a indiferença. A indiferença com que aceitámos esta sucessão ininterrupta de "experiências" com a educação, as mudanças constantes de programas e de curricula, de denominações. O principal culpado é o povo português: os ministros, actual e passados, só fazem o que fizeram porque nós aceitámos.
Os professores bem podem manifestar: a contribuição deles para o descalabro foi pequena.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.