7.11.08

Os europeus...

7 comentários:

  1. Luís, sei que vai discordar, mas… Há indivíduos sob cuja «tutela» teria muitas dificuldades em viver: o Sr. Berlusconi, o «tio» Alberto Jardim. São, como o nosso «premier», sujeitos convencidos de que querem, podem e mandam, de que o voto lhes autoriza tudo, de que são intocáveis. Mas a alguns – não é o caso do nosso «premier» que, a todos os defeitos, adiciona uma completa falta de humor - não consigo deixar de, às vezes, achar graça. Admiro, de certo modo, a sua completa indiferença à correcção política; aprecio, neste mundo de hipocrisias, a sua declarada faceta «enfant terrible». Sei, é claro, que estas suas características são, afinal, «emanações» do tal querer, poder e mandar. Mas, pelo menos, não tentam enganar, nem enganam ninguém… digo eu.
    P.S.: Penso, de resto, que estas características são cada vez menos europeias.

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  2. Está enganada, Luísa ["até que enfim!", diria uma voz em àparte, se estivéssemos no teatro]: partilho o seu gosto por mavericks, por políticos que pensam fora da caixa, que pensam e falam pela sua cabeça - era uma das coisas, aliás, que me fazia preferir Mccain.

    Não penso todavia que os dois exemplos que dá sejam bons, porque o respectivo nível é baixo, demasiado baixo. Gosto do humor, da truculência, do individualismo - mas com qualidade.

    E a piada de Berlusconi não a tem; não a teria no café da esquina, sequer 8 e olhe que não tenho nada, antes bem pelo contrário, contra piadas de mau gosto, sejam elas racistas, sexistas ou contra os diferentes alentejanos deste mundo. Têm é que ter piada.

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  3. Tem graça, Luís... eu penso exactamente o contrário! Normalmente detesto a arrogância boçal do Berlusconi, mas desta vez achei-lhe graça. Dizer de Obama que é "jovem, belo e bronzeado" não só não me parece de todo ofensivo como acho que tem uma certa ironia sem maldade... mas talvez seja eu a interpretar mal a coisa.

    Quanto a políticos fora das regras, também são os meus preferidos. Mas desde que tenham graça, e classe. (Berlusconi não é um bom exemplo disso, reconheço)

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  4. Eu aceito que talvez tenha sobre-reagido [o que faria a tal voz do tal teatro enganar-se, não é de espantar]. Mas tenho um asco tal ao Berlusconi que não faço ideia.

    E de qq forma hoje ando sobre-sensível (estas traduções de overreact e oversensitive são horrorosas. Não haverá por aí melhor?)

    Mas a palavra-chave disto tudo é "Talvez". Ou "Não sei". Detestei o comentário, achei-o estúpido e sem graça, achei-o deslocado na boca de um chefe de estado - e se fosse na de um palhaço teria achado também.

    Não sei.

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  5. Essa voz em aparte («até que enfim!») precipitou-se, Luís. Note que comecei o meu comentário prevendo que ia discordar de mim. E não me enganei! ;-D
    P.S.: Também tenho a perspectiva da Ana quanto a esta específica resposta do Berlusconi. Parece que estou a ouvi-lo exclamá-la com a melancolia, muito floreada e italiana, de quem sonha com – e inveja dos outros – a juventude, a beleza e o bronzeado.

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  6. Céus, Luís! E por que fica tão satisfeito com os meus enganos?!!!! :-((((((
    ;-D

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  7. Luísa, eles (os seus enganos) são tão raros, que uma pessoa fica satisfeita quando pensa apanhar um - mesmo que depois se revele, claro, uma ilusão.

    Até agora ainda não é - ainda não estou convencido que seja uma overreaction (ao diabo o preciosismo).

    Veremos. Se se enganar é como, sei lá, um eclipse do sol, ou coisa semelhante, não acha? (De tão escasso, quero dizer, tão extraordinário...)

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.