O casal à minha frente alterna entre o espanhol e o francês; na mesa a seguir são franceses; na do lado, um espanhol (enfim, chileno, mas isso é insider trading, e irrelevante) fala um português perfeito (e diz alguns disparates, mas isso também é outra história, e também é irrelevante); a sua colega de mesa é descendente de boers (que pronuncia mal, aliás: diz-se burrs, não bóères); um pouco mais longe está uma mesa de ingleses, ou holandeses, não se percebe.
O jantar é perfeito, o ambiente cosmopolita à souhait. E só agora percebo que foi a cara doce, frágil e bonita da senhora que está na mesa em frente que me levou às associações sobre a fragilidade: atrás daquele olhar terno e doce adivinho uma determinação de tempestade tropical. Que injustiça, começar num rosto tão bonito e acabar no brutamontes do Reiser.
O jantar é perfeito, o ambiente cosmopolita à souhait. E só agora percebo que foi a cara doce, frágil e bonita da senhora que está na mesa em frente que me levou às associações sobre a fragilidade: atrás daquele olhar terno e doce adivinho uma determinação de tempestade tropical. Que injustiça, começar num rosto tão bonito e acabar no brutamontes do Reiser.
O «fétiche» do camionista de TIR tem a sua razão de ser, Luís: o bíceps descomunal, a composição morfológica maciça, o cheiro pesado a tabaco, couro e gasolina, o espírito sintetizado num impulso de liberdade e aventura, o primitivismo feito homem, aí temos, sem dúvida, um conjunto de factores de atracção instintiva que dá que pensar. É, presumo, o poder consubstanciado num corpo e o poder é, ao que dizem, o maior afrodisíaco.
ResponderEliminarJá nas mulheres, vale o elemento decorativo, frágil, elegante, sinuoso, Luís XV… Mas não me esqueço que as mulheres mais frágeis que conheço são as mais «bravas». ;-D
Aí está um adjectivo adequado, bonito, de que gosto muito, Luísa: "brava". Uma mulher «brava».
ResponderEliminarJá o poder afrodísiaco do primitivismo me levanta algumas questões, mas são pouco importantes. :-)