10.1.09

A casa e o ideal das tabernas

Hoje fui jantar à Taberna Ideal, outra vez. Já lá não ia há uma eternidade - pelo menos duas semanas, quase três. Tem havido muitas referências, ultimamente, na blogo-coisa. Por mim, nada contra: o que é bom merece ser conhecido.

O problema é que aquilo não é só bom. É um bocadinho mais. É como comer em casa, se tivermos a sorte de viver com alguém que cozinha (e é tão simpática, tão bonita, tem um sorriso tão lindo, e é tão criativa) como a Susana; ou sabermos nós cozinhar dessa forma, mas isso também é pouco provável. Exactamente como comer em casa; só que melhor - porque nem todos os homens têm essas sortes, e esses privilégios, imagino.

Hoje fui lá jantar e lembrei-me da minha avó, que era - não o digo a ninguém que não conheça há pelo menos cinco minutos - a melhor cozinheira do mundo. Não quero comparar a Susana com a senhora, seja lá no que fôr (excepto na cozinha, quase). Mas gostaria de lhe agradecer, se por acaso ela ler este post, a associação. Não é todos os dias que acontece.

Se bem para mim seja um mistério porque é que gostamos de ir a um restaurante que é como em casa: para isso não se sai, se a lógica fosse para aqui chamada. Felizmente não é. E não termos que lavar loiça, claro; e não ser preciso levantar-nos para ir à cozinha buscar o vinho. Na verdade, a Taberna Ideal tem um serviço de fazer empalidecer a DHL, ou aquele mágico que esteve casado com a Claudia Schiffer; só que em vez de desaparecer as coisas materializam-se na nossa mesa como se viessem por telepatia.

Em Genève ou em Paris, não me lembro, há um restaurante chamado Comme à la Maison . Em Lisboa há um que não se chama assim: é.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.