Sessão na Livraria Trama, a Galileu de Lisboa (em ligeiramente melhor no que respeita à escolha de livros e às sessões que por lá acontecem, igual no amor aos livros, na qualidade do que é exposto, no acolhimento).
Uma exposição informal, animada, rica com José Pedro Serra, doutor em Cultura Clássica pela Universidade de Lisboa, autor de Pensar o Trágico, sobre a Tragédia Grega.
A Tragédia como estilo literário desapareceu; mas como experiência humana não: enquanto houver morte, enquanto houver fragilidade, enquanto o homem for um ponto entre o tudo e o nada haverá tragédia. E, acrescento eu, se hoje a vulgaridade, o relativismo, a aparência de liberdade dominam, se o conflito e a culpa já não são essenciais, divinos e se banalizaram numa mera dúvida; se - volto à fonte - a luta entre o Homem e Deus se reduz a uma crise de inteligibilidade, não se deve perder a esperança: o homem há-de sempre poder dizer "eu quero a fatalidade". "Ser livre é podermos escolher as nossas próprias prisões" - e nunca teremos que as fazer, espero.
Logo seguida de uma exposição de fotografia na Pente 10: "The Inner World of Valentina 170167". Fotografia contemporânea no seu melhor, se bem que a exposição seja por vezes desequilibrada - e estivesse muita gente, era a inauguração. É preciso lá voltar, com mais calma.
Uma exposição informal, animada, rica com José Pedro Serra, doutor em Cultura Clássica pela Universidade de Lisboa, autor de Pensar o Trágico, sobre a Tragédia Grega.
A Tragédia como estilo literário desapareceu; mas como experiência humana não: enquanto houver morte, enquanto houver fragilidade, enquanto o homem for um ponto entre o tudo e o nada haverá tragédia. E, acrescento eu, se hoje a vulgaridade, o relativismo, a aparência de liberdade dominam, se o conflito e a culpa já não são essenciais, divinos e se banalizaram numa mera dúvida; se - volto à fonte - a luta entre o Homem e Deus se reduz a uma crise de inteligibilidade, não se deve perder a esperança: o homem há-de sempre poder dizer "eu quero a fatalidade". "Ser livre é podermos escolher as nossas próprias prisões" - e nunca teremos que as fazer, espero.
Logo seguida de uma exposição de fotografia na Pente 10: "The Inner World of Valentina 170167". Fotografia contemporânea no seu melhor, se bem que a exposição seja por vezes desequilibrada - e estivesse muita gente, era a inauguração. É preciso lá voltar, com mais calma.
A galileu de Cascais foi uma das minhas livrarias de juventude. Ainda lá vou várias vezes ganhar saudades.
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