Era miúda muito morena, pequenina como se Deus se tivesse enganado nas quantidades, no dia em a desenhou. Mas tinha um traseiro lindo, redondo como um mundo grávido. Parecia que o corpo se lhe articulava em torno daquela esfera perfeita: para cima um olhar vivo, alegre, leve; para baixo duas miniaturas de pernas das quais ninguém adivinharia a força, e a perfeição. Tinha um feitio danado, e era a mais doce das amantes que jamais conheci.
Um dia disse-me "sinto-me como um comboio a andar em cima de linhas que não são paralelas".
Um dia disse-me "sinto-me como um comboio a andar em cima de linhas que não são paralelas".
Ou seja... descarrilou.
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