D'un pont l'autre
Quelques uns d'entre nous rêvent de magnolias, d´autres au loin voient des lions, des pleines lunes, des îles d'Orients cachés, cachées.
Pas moi. Je ne vois que de l'acier suspendu, des ponts qui se succèdent et se superposent comme des avenirs sans issue, des ponts sur le néant, le plus petit plus grand que le plus grand.
Il y en a, force est de reconnaître, des néants aussi beaux que des ponts, aussi clairs, définis, déterminés, utiles, presque. Mais pas souvent. Les reconnaître dans l'amalgame de ponts, de vies, de personages qui nous entourent est un art.
A part faire rêver, les ponts servent aussi à lier les mots de marges différentes: les mots marginaux, pourrait-on presque dire. Les deux marges d'une rivière ne sont plus unies que par l'eau: elles le sont aussi par le regard, les mots, par un personnage solitaire qui s'interroge sur l'Orient et les divagations léonines de l'être aimé, par le pont.
Y a-t-il des amours léonines? - Et qui ne le sont pas?
Quelques uns d'entre nous rêvent de magnolias, d´autres au loin voient des lions, des pleines lunes, des îles d'Orients cachés, cachées.
Pas moi. Je ne vois que de l'acier suspendu, des ponts qui se succèdent et se superposent comme des avenirs sans issue, des ponts sur le néant, le plus petit plus grand que le plus grand.
Il y en a, force est de reconnaître, des néants aussi beaux que des ponts, aussi clairs, définis, déterminés, utiles, presque. Mais pas souvent. Les reconnaître dans l'amalgame de ponts, de vies, de personages qui nous entourent est un art.
A part faire rêver, les ponts servent aussi à lier les mots de marges différentes: les mots marginaux, pourrait-on presque dire. Les deux marges d'une rivière ne sont plus unies que par l'eau: elles le sont aussi par le regard, les mots, par un personnage solitaire qui s'interroge sur l'Orient et les divagations léonines de l'être aimé, par le pont.
Y a-t-il des amours léonines? - Et qui ne le sont pas?
claro que não, o amor nada tem a ver com efeitos literários
ResponderEliminarCarla
Não sei se o amor tem, ou não, a ver com efeitos literários: diria que não, na maioria dos casos.
ResponderEliminarMas parece-me preferível exprimir um amor de uma forma bela, literária, do que com meia dúzia de grunhidos, ou frases feitas.
Parece-me. Posso, claro, estar enganado.
todas as frases de amor são frases feitas. Suponho até que os gestos de amor também são gestos feitos, repetidos dia após dia, parceiro após parceiro.
ResponderEliminarUma tristeza portanto o amor.
Carla
Aí está uma série de opiniões que eu de todo não partilho: não acho que seja uma colecção de frases feitas, de gestos repetidos e que seja uma tristeza.
ResponderEliminarPode ser isso tudo; mas não o é forçosamente.
só não é assim na fidelidade eterna e quem é fiel hoje em dia?
ResponderEliminarCarla
Os mesmos que o eram ontem, imagino.
ResponderEliminartemos então aqui um homem crédulo
ResponderEliminarCarla
Ou fiel...
ResponderEliminarSe é um homem de uma só mulher os meus parabéns. E não responda: uma de cada vez...
ResponderEliminarNão, não respondo "uma da cada vez".
ResponderEliminaros meus parabéns então! Sou nova nisto já consegui o perfil mas não sei por o mail
ResponderEliminarNova, e leitora de Hesse, suponho. Tem o meu mail na barra lateral, onde diz "Lettres".
ResponderEliminarTalvez a Carla tenha razão ao dizer que «o amor nada tem a ver com efeitos literários». Mas há efeitos literários que geram sentimentos, mesmo que momentâneos, de amor. E há amores que se alimentam de belos pensamentos, de belas palavras, ou do reconhecimento de um talento ou de um génio literário. Emoção estética, admiração, respeito, afinidade, culto são apenas variações de uma mesma realidade, que se manifesta de mil e um formas. Pessoalmente, sou muito permeável à rendição amoroso-artístico-intelectual. :-)
ResponderEliminarP.S.1: Uma faceta sua, Luís, que me surpreende ligeiramente, a da fidelidade eterna. Tinha-o por praticante de uma fidelidade «contingente». ;-D
P.S.2: Gostaria de poder responder-lhe em francês. «Amor com amor se paga», além de que tudo soaria, decerto, muitíssimo melhor. Mas o meu francês, como ponte, anda assustadoramente enferrujado, não suportaria o meu peso. :-)
Encontrei hoje, completamente por acaso (não costumo navegar no baú do DV) um post que explica essa sua dúvida - a qual não lhe escondo também era minha, ou é ainda, intermitentemente. Apesar disso, acho que a resolvi.
ResponderEliminarUma parte da resposta está aqui: " You've dated enough to know what you want". A outra (de onde esta de resto vem) está no mês de Fevereiro de 2006 do DV (em dois posts).
E há ainda outra parte, mas essa é mais difícil de exprimir - se bem uma palavra, por vezes, uma só me pareça suficiente (apesar de não me ter evitado, muito recentemente, um doloroso duche de água gélida).
Qué vaya, como dizem os nossos (dele) amigos venezuelanos. "Amor com amor se paga" não tem tradução em francês: tem no português que eu falo, e isso chega para lhe agradecer, reconhecido, grato, recíproco.