23.3.09

Palavras

No fundo deviam ser como bolas, as palavras: pegar-se numa e brincar-se com ela, dar-se-lhe pontapés, passá-la para o colega do canto, recebê-la de retorno com as mãos, sei lá. Atirá-la para longe, para um guarda-redes invisível - ou só ausente, se calhar. Com desenhos geométricos, coloridos.

Em vez disso são pesadas, difíceis de manusear, intransmissíveis, negras. E andam sempre coladas a nós, as putas. Das palavras.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.