Provavelmente inúmeras pessoas por esse mundo fora prefeririam, se a escolha lhes fosse dada, que o sol nascesse a Oeste e se pusesse a Leste, ao contrário do que actualmente acontece. O impacto na vida dessas pessoas - e de todos nós - seria nulo. O Império do Sol Nascente chamar-se-ia quiçá Império do Sol Poente; o Império do Meio continuaria a ser Império do Meio; o vento a que hoje chamamos (em espanhol) "Levante" chamar-se-ia "Poniente", e vice-versa.
Já imensas coisas mudariam se o sol, em vez de girar no sentido Leste - Oeste o fizesse no sentido Norte - Sul, ou Sul - Norte. Isso sim, seria uma mudança importante, de grandes e imprevisíveis consequências. Transformar-se-ia a Groenlândia numa espécie de Japão? Teria a terra um número infinito de equadores, e um só meridiano? Para onde iriam os gelos?
Claro que se pode considerar que tudo isto não passa de um exercício teórico, académico: o sol nasce a Leste e põe-se a Oeste. E contra isto nada, rigorosamente nada há a fazer - excepto eventualmente trocar os sentidos de "Leste" e "Oeste", mas isso seria semântica, semântica e nada mais.
Há, contudo, coisas que não mudariam, qualquer que fosse o sentido de rotação da terra: tu continuarias, por exemplo, a ser a razão pela qual o sol se levanta e deita, todos os dias em todos os lugares - pelo menos para mim, claro - (e continuarias a ser a razão pela qual a palavra "tu" existe em todas as línguas, mas isso é outra disciplina); continuarias a ser a razão pela qual te escrevo todos os dias, de manhã à noite e da noite à manhã, mesmo quando não te escrevo; um dia sem ti continuaria a ser como um domingo cinzento e triste no qual o sol se tenha levantado a Norte, e uma vida sem ti como uma Terra sem sol.
E contra isto nada há a fazer, rigorosamente nada - excepto talvez esperar que tu existas, claro.
Já imensas coisas mudariam se o sol, em vez de girar no sentido Leste - Oeste o fizesse no sentido Norte - Sul, ou Sul - Norte. Isso sim, seria uma mudança importante, de grandes e imprevisíveis consequências. Transformar-se-ia a Groenlândia numa espécie de Japão? Teria a terra um número infinito de equadores, e um só meridiano? Para onde iriam os gelos?
Claro que se pode considerar que tudo isto não passa de um exercício teórico, académico: o sol nasce a Leste e põe-se a Oeste. E contra isto nada, rigorosamente nada há a fazer - excepto eventualmente trocar os sentidos de "Leste" e "Oeste", mas isso seria semântica, semântica e nada mais.
Há, contudo, coisas que não mudariam, qualquer que fosse o sentido de rotação da terra: tu continuarias, por exemplo, a ser a razão pela qual o sol se levanta e deita, todos os dias em todos os lugares - pelo menos para mim, claro - (e continuarias a ser a razão pela qual a palavra "tu" existe em todas as línguas, mas isso é outra disciplina); continuarias a ser a razão pela qual te escrevo todos os dias, de manhã à noite e da noite à manhã, mesmo quando não te escrevo; um dia sem ti continuaria a ser como um domingo cinzento e triste no qual o sol se tenha levantado a Norte, e uma vida sem ti como uma Terra sem sol.
E contra isto nada há a fazer, rigorosamente nada - excepto talvez esperar que tu existas, claro.
Luís, é um exercício muito giro, imaginar como seria o mundo e a vida se algumas coisas que temos por certas fossem diferentes. Como é giro imaginar, pela simples leitura dos «posts», como são os meus amigos «Bloggers», de corpo mas, sobretudo, de alma. Gostei de ver as suas fotografias nos Mares. Entraram nestas minhas «equações» uma data de dados novos… ;-D
ResponderEliminarP.S.: E gostei de saber que foi um sucesso.
Obrigado, Luísa.
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