Meço as palavras; cada milímetro. Sigo-as com o olhar, quando elas passam sobre a superfície lisa do teu ventre, como numa praia, antes de baterem na água. Olho-as todas: andam sempre em revoadas, as palavras.
Como se, sozinhas, não se aguentassem; como se, sozinhas, não passassem de baças e desoladas estátuas numa praça vazia, à luz cinzenta da chuva, interminável.
Meço os gestos, eu. Digo que é uma virtude. E se for um pecado?
ResponderEliminarè quando as palavras atingem a luminosidade que o gesto princípia? Ou vice versa?
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