O verdadeiro amor é por natureza desigual, desequilibrado, assimétrico. É isso que o torna estimulante. É um desafio, um risco, uma conquista, um milagre quotidiano, uma surpresa. É andar no fio de uma navalha que sabemos afiada, é termos que recorrer às palavras para as lágrimas e às mesmas palavras (mas outras) para as alegrias. Amar e não ser amado (ou não ser amado da mesma forma), ser amado e não amar sem que estas assimetrias sejam pesadas, dolorosas ou apareçam como pressões é um privilégio.
O amor que se quer recíproco, simétrico, eterno, puro é sempre, inelutavelmente uma intolerável opressão, porque é uma humanidade, uma artificialidade (ia dizer um "humanismo", mas contive-me. Não fosse chocar algum leitor mais sensível, longe de mim tal ideia).
Ou então é uma chateza, e não sei se não será pior ainda.
PS - O pior é a dor, eu sei. Mas isso fica para outro dia.
O amor que se quer recíproco, simétrico, eterno, puro é sempre, inelutavelmente uma intolerável opressão, porque é uma humanidade, uma artificialidade (ia dizer um "humanismo", mas contive-me. Não fosse chocar algum leitor mais sensível, longe de mim tal ideia).
Ou então é uma chateza, e não sei se não será pior ainda.
PS - O pior é a dor, eu sei. Mas isso fica para outro dia.
a monotonia do amor é a coisa mais doce que há, porque é igual sem ser a mesma mesmice de todos os dias. Pena é quem não sabe o que é isso
ResponderEliminarCarla