Sim, Rosa, dois ventos opostos podem de facto encontrar-se. E há três alternativas: - Sobem ambos (se forem equilibrados do ponto de vista da temperatura das massas de ar e da intensidade); - Mete-se um por baixo do outro (enfim, dito de outra forma: um sobe e o outro fica onde está) - se houver grandes disparidades na temperatura, por exemplo. O ar quente sobe; - Anulam-se - mas isto só acontece quando são fraquinhos, quando estão muito nos limites das pressões que lhes deram origem.
Contrariamente àquilo que nos ensinaram na escola, os ventos não vão das altas para as baixas pressões: giram em torno delas - no sentido do ponteiros do relógio (sentido directo, ou progrado) nas altas pressões, ou anticiclones, e no sentido retrógrado em torno das baixas pressões. Não há portanto nada que impeça dois ventos de sentido contrário de se encontrar - coisa que aliás acontece muitas vezes nos lagos de montanha, em que aos ventos "gerais", ou sinópticos se juntam ventos locais, térmicos.
Já agora, um pequeno acrescento: a força do vento é proporcional não às pressões, mas ao afastamento das isóbaras: quanto mais perto estiverem, mais fortes os ventos a que dão origem.
Se depois deste "pincel" continuar a não ter nada contra as lições de meteorologia dou-lhe os parabéns, Rosa. E um grande obrigado :-).
Eu é que lhe agradeço Luís. Não só a Meteorologia, mas o seu texto sobre o encontro das duas liberdades que é muito inspirador. Fiquei até bastante mais optimista.
O encontro de duas liberdades parece-me tão improvável como o encontro de dois ventos opostos.
ResponderEliminarCredo, senhora, que pessimismo... Sabe o que acontece quando dois ventos contrários se encontram, Rosa?
ResponderEliminarSobem.
PS - pf não se veja na minha resposta uma aula de meteorologia.
ResponderEliminarQuer dizer então que dois ventos opostos podem, de facto, encontrar-se?
ResponderEliminarPS. Não tenho nada contra aulas de metereologia.
ResponderEliminarSim, Rosa, dois ventos opostos podem de facto encontrar-se. E há três alternativas:
ResponderEliminar- Sobem ambos (se forem equilibrados do ponto de vista da temperatura das massas de ar e da intensidade);
- Mete-se um por baixo do outro (enfim, dito de outra forma: um sobe e o outro fica onde está) - se houver grandes disparidades na temperatura, por exemplo. O ar quente sobe;
- Anulam-se - mas isto só acontece quando são fraquinhos, quando estão muito nos limites das pressões que lhes deram origem.
Contrariamente àquilo que nos ensinaram na escola, os ventos não vão das altas para as baixas pressões: giram em torno delas - no sentido do ponteiros do relógio (sentido directo, ou progrado) nas altas pressões, ou anticiclones, e no sentido retrógrado em torno das baixas pressões. Não há portanto nada que impeça dois ventos de sentido contrário de se encontrar - coisa que aliás acontece muitas vezes nos lagos de montanha, em que aos ventos "gerais", ou sinópticos se juntam ventos locais, térmicos.
Já agora, um pequeno acrescento: a força do vento é proporcional não às pressões, mas ao afastamento das isóbaras: quanto mais perto estiverem, mais fortes os ventos a que dão origem.
Se depois deste "pincel" continuar a não ter nada contra as lições de meteorologia dou-lhe os parabéns, Rosa. E um grande obrigado :-).
Ou seja: nada impede duas independ~encias, duas liberdades, de se encontrarem. E o resultado é bonito, sempre.
ResponderEliminarEu é que lhe agradeço Luís. Não só a Meteorologia, mas o seu texto sobre o encontro das duas liberdades que é muito inspirador.
ResponderEliminarFiquei até bastante mais optimista.
Não haverá aí, Luís, uma contradição, pleo menos aparente, entre "encontro" e "choque"?
ResponderEliminarÉ aparente, Andrea. Se bem nem todos os encontros resultem em choques, todos os choques são resultado de um encontro.
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