22.7.09

Compreensões

5 comentários:

  1. Sim, até porque amar é nada compreender.

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  2. Uma sabedoria que já ouvia a uma velha amiga, nos tempos da nossa juventude, formulada nestes termos muito crus: «O que eu quero é um homem bom na cama, porque para intelectualidades tenho os colegas de trabalho». ;-D

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  3. Há pouco procurava uma coisa no DV e encontrei um post antigo. Lembro-me perfeitamente porque e para quem o escrevi. Não gosto muito dele: a forma literária é fraca (enfim, não muito diferente dos outros, convenhamos).

    É, à primeira vista, completamente contraditório. Deixa de o ser, se na equação introduzirmos a esperança, ou assim.

    Está aqui.

    Ou então lembramo-nos do Emerson, que dizia "Uma coerência tola é o espantalho das pequenas mentes" (encontrei agora a citação toda no Google e fez-me pensar no seu comentário ao post da coerência...)

    Mas agora ando mais pelo post da Eugénia Vasconcellos: ao diabo a compreensão - como diz a Rosa, amar e compreender são coisas diferentes.

    Aliás, maintenant que j'y pense, apercebo-me de que é muito mais fácil sermos coerentes quando explicamos porque não amamos alguém do que o contrário: o amor não passa de um saco de coisas que não se entendem :-).

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  4. É engraçado, Luís, que levante este tema precisamente no dia seguinte àquele em que acabei de ler o «Divorce à Buda» do Sándor Márai. O livro debate, precisamente, o que é ou gera o amor: se é o conhecimento profundo do parceiro (mas será possível conhecer-se profundamente alguém, incluindo aqueles segredos íntimos de que, às vezes, nem o próprio tem consciência?); se é antes a descoberta de uma «simultaneidade/afinidade» de passados, educações, gostos e ritmos;… etc., etc., etc. Não estou certa de que o livro tire alguma conclusão, nem eu me atrevo a fazê-lo. Tanto mais que amores há muitos, como os chapéus do Vasquinho da Anatomia. ;-D
    Concordo consigo, que o amor se explica melhor pela negativa. Como todos os nossos gostos não puramente sensoriais, em geral. A nossa capacidade de expressão ainda tem demasiadas limitações. :-)

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  5. Cada vez penso mais que o amor é uma vontade de se conhecer alguém - e que o abismo começa quando a (ou o) conhecemos. Mas pode ser um bom abismo - no caso da senhora que tinha em mente quando escrevi aquele post esse abismo chama-se amizade, por exemplo.

    Sou também grande admirador do Márai, mas ainda não li o livro que refere. E, aos poucos, fui-me tornando admirador do Mátria Minha, que dá uma visão feminina de muitos dos meus mistérios.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.