Não sei que dizer, estes dias. Por um lado tanto para dizer; por outro, tão pouco. Não que o mar me roube as palavras. Mas de que é uma viagem feita?
Os relatos tornam-se factuais: o cabo no hélice, o poniente antes, e a chegada a Gibraltar mais morto do que vivo; os dias na cidade a pensar que não seria capaz - mesmo que quisesse - de reencontrar um único dos sítios que tanto me marcaram, há tanto tempo (e a nota de que a livraria ainda está na mesma esquina). A saída à meia-noite, depois de um jantar medíocre; a vaga horrível e desencontrada na primeira metade do Golfo de Cádiz; fundear em Cascais com uma nortada desfeita...Nada disso conta o que aconteceu realmente: o regresso ao mar; o regresso às palavras do mar.
É desse regresso que devo falar, um dia.
Os relatos tornam-se factuais: o cabo no hélice, o poniente antes, e a chegada a Gibraltar mais morto do que vivo; os dias na cidade a pensar que não seria capaz - mesmo que quisesse - de reencontrar um único dos sítios que tanto me marcaram, há tanto tempo (e a nota de que a livraria ainda está na mesma esquina). A saída à meia-noite, depois de um jantar medíocre; a vaga horrível e desencontrada na primeira metade do Golfo de Cádiz; fundear em Cascais com uma nortada desfeita...Nada disso conta o que aconteceu realmente: o regresso ao mar; o regresso às palavras do mar.
É desse regresso que devo falar, um dia.
Um grande amigo meu, talvez conheças (O Louis LeClerc), um dia disse-me, Sabes, os homens voltam sempre ao porto de origem.
ResponderEliminarQuanto ao resto, os acidentes de percurso, talvez sejam o outro lado do espelho do nosso estado interior, como provávelmente diria o Yung.
Nada que não passe com uma garrafita de Mount Gay, digo eu!
beijinhos, Maria
Percebo perfeitamente. São regressos indescritiveis para quem nunca lá esteve.
ResponderEliminarM.