"Os meus sonhos estão cada vez piores", pensou enquanto fazia a barba. Estava aborrecido porque tinha tido um sonho que envolvia um homem a barbear-se, e só agora percebia que esse homem era ele. E, sobretudo, porque o sonho fora realmente uma porcaria, em termos dramáticos: não se cortava, não se esquecia de barbear metade da cara, não deixava cair a lâmina pela janela - tudo coisas que lhe acontecem regularmente. Era um sonho em que não acontecia nada, um sonho simples, lhano. Tão simples que não se reconhecia.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.