Talvez - se houver um psicólogo na sala por favor confirme-mo - porque a minha mãe, chinesa (de Pequim), tivesse uns seios minúsculos, quase invisíveis eu sempre sonhei com mulheres de seios pequenos, lisos, "grão de milho".
Por razões várias - ou porque, na realidade, não dou grande importância aos atributos físicos das pessoas - a grande maioria das mulheres que até hoje amei, e generosa ou insensatamente retribuíram (admitidamente poucas) tinha seios grandes. O mais pequeno que me calhou na grande rifa dos afectos foi um par de maminhas daquelas que enchem a mão de um homem honesto; mas pequenos, pequenos nunca tinha tido, até começar a namorar com a Carmo.
Perguntar-me-ão decerto "porquê?" - se gosto de mulheres com seios pequenos, tudo o que teria a fazer seria escolhê-las assim. Mas as coisas não são tão simples: como já disse, não ligo muito aos atributos físicos, no fundo. Não são eles que definem uma pessoa - eu, por exemplo, debaixo de traços chineses (o meu pai era de Macau) sou mais português do que muitos portugueses. Imaginem que uma mulher me dizia "não gosto de chineses" - eu responder-lhe-ia, apropriadamente, "não sou chinês; sou português". (Mais português aliás do que muitos portugueses: eu vim para cá porque quis - ou pelo menos fiquei, quando os meus pais regressaram ao oriente, depois da Revolução dos Cravos).
Enfim, seja pelo que for, não ligo muito às características físicas das pessoas. Mas quando a Carmo cedeu - finalmente!, é preciso dizê-lo - à minha insistência e às minhas toscas declarações uma coisa que me satisfez foram os seus seios, pequenos, minúsculos, invisíveis como as duas últimas lentilhas no magnífico prato da sua pele. Que bom era acariciá-los e vê-los crescer como uma ilha após uma erupção vulcânica (isto não é exagero: um dia vi um documentário sobre a erupção dos Capelinhos e o que me veio à mente foram os seios da Carmo - e ela a fazer amor, também, mas não importa).
Por isso agora, ao fim de sete anos de uma relação feliz, fluida e límpida com ela estou triste e zangado comigo próprio, desorientado e desnorteado: então não é que hoje me surpreendo a sonhar com seios grandes?
Por razões várias - ou porque, na realidade, não dou grande importância aos atributos físicos das pessoas - a grande maioria das mulheres que até hoje amei, e generosa ou insensatamente retribuíram (admitidamente poucas) tinha seios grandes. O mais pequeno que me calhou na grande rifa dos afectos foi um par de maminhas daquelas que enchem a mão de um homem honesto; mas pequenos, pequenos nunca tinha tido, até começar a namorar com a Carmo.
Perguntar-me-ão decerto "porquê?" - se gosto de mulheres com seios pequenos, tudo o que teria a fazer seria escolhê-las assim. Mas as coisas não são tão simples: como já disse, não ligo muito aos atributos físicos, no fundo. Não são eles que definem uma pessoa - eu, por exemplo, debaixo de traços chineses (o meu pai era de Macau) sou mais português do que muitos portugueses. Imaginem que uma mulher me dizia "não gosto de chineses" - eu responder-lhe-ia, apropriadamente, "não sou chinês; sou português". (Mais português aliás do que muitos portugueses: eu vim para cá porque quis - ou pelo menos fiquei, quando os meus pais regressaram ao oriente, depois da Revolução dos Cravos).
Enfim, seja pelo que for, não ligo muito às características físicas das pessoas. Mas quando a Carmo cedeu - finalmente!, é preciso dizê-lo - à minha insistência e às minhas toscas declarações uma coisa que me satisfez foram os seus seios, pequenos, minúsculos, invisíveis como as duas últimas lentilhas no magnífico prato da sua pele. Que bom era acariciá-los e vê-los crescer como uma ilha após uma erupção vulcânica (isto não é exagero: um dia vi um documentário sobre a erupção dos Capelinhos e o que me veio à mente foram os seios da Carmo - e ela a fazer amor, também, mas não importa).
Por isso agora, ao fim de sete anos de uma relação feliz, fluida e límpida com ela estou triste e zangado comigo próprio, desorientado e desnorteado: então não é que hoje me surpreendo a sonhar com seios grandes?
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.