6.4.10

A ler

"Um partido que acredita que Meneses pode ser primeiro-ministro merece o que lhe aconteceu". A totalidade do texto está aqui, e deve ser lida de fio a pavio.

PS - uma pequena nota para as pessoas que dizem - com razão - que Pacheco Pereira não escreve muito bem, e diziam - igualmente podres de razão - que Manuela Ferreira Leite não sabia falar. Temos a sorte, o privilégio, o orgulho de ter um primeiro-ministro que sabe discursar. O resultado está à vista. Há pessoas que preferem o poder encantatório das palavras aos factos; merecem a sorte que têm (o que me admira é que haja pessoas cultas e inteligentes entre os defensores deste poderoso argumento: "prefiro um mau primeiro-ministro que sabe falar a um bom que não sabe"). Também os havia, igualmente cultos e inteligentes, que diziam que Ferreira Leite não servia para primeiro-ministro porque era feia. Deviam pensar que o PM serve para dormir com os portugueses. Gostam de ser embalados, sem dúvida.

2 comentários:

  1. Já tinha lido, Luís, e concordo. Faz-me pena, de resto, que a MFL tenha acreditado, num dado momento, que os portugueses prefeririam o seu estilo ao de Sócrates, e que tenha conhecido, depois disso, a derrota, a crítica, o sarcasmo e, certamente, a descrença que conheceu. Porque ela tinha acreditado bem: os portugueses prefeririam, sem dúvida, o seu estilo ao de Sócrates. Mas foram sistematicamente (quase diria brutalmente) confundidos pela propaganda enganosa do Governo, pelos «faits-divers» e pelo empolamento, pelos «media» (e pela própria máquina partidária), da dissidência interna dentro do PSD, e encolheram-se, «linfaticamente», na hora de votar. Sócrates levou os votos do quinto de portugueses que lhe está vendido ou rendido, e os outros (não todos, mas, pelo menos, dois quintos) calaram-se, no seu eterno medo de arriscar. Portugal lembra-me um pouco um asilo de loucos, daqueles que, se não existem hoje, já existiram, em que os pacientes eram «bombardeados» com uma medicação que os esvaziava ou, no mínimo, fazia lentos na acção, no raciocínio, em tudo, de modo a tornar absolutamente inofensivos.

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  2. Um dos dados do problema, Luísa, é que José Sócrates tem uma máquina muito profissionalizada a gerir-lhe a comunicação. "Não brincam em serviço" (lembra-se da história dos "votos comprados do PSD"? Manuela Ferreira Leite, seja porque não acredita na necessidade de uma máquina profissional (e competente) de comunicação, seja porque pensou que o descrédito de Sócrates era suficiente, não montou uma.

    O resultado foi o que se viu, e foi lamentável.

    A "verdade" não chega. infelizmente.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.