Concerto
Duo Sabir Mateen / Matthew Shipp
Sabir Mateen (saxofone, flauta)
Matthew Shipp (piano)
Entrada 12 EUR
lotação limitada – aconselha-se reserva antecipada
reservas (Lerdevagar): 213 259 992
MATTHEW SHIPP/SABIR MATEEN - Sama (Not Two 817; EEC)
“Dueto entre Matt Shipp no piano e Sabir Mateen no clarinete. Este fantástico dueto foi gravado na “Roulette”, sem público, apenas os dois músicos, Steve Dalachinsky, a sua esposa, Yuko Otomo, e o engenheiro de gravação. Poeta Local & scenester, Steve escreveu notas excelentes e Yuko desenhou a capa. Ambos têm feito um bom trabalho e tanto Steve como Yuko são amigos de longa data de Matt & Sabir, portanto este é um assunto de família - tudo se liga entre si. Sabir Mateen é um multi-instrumentalista, jogador de palhetas (saxofones, flautas e clarinetes), mas neste projecto concentra-se apenas no clarinete. Isso é bom desde que ele e Matt começaram a colaborar há alguns anos e estabeleceram uma forte relação entre si. A troca de ideias e interacção flui naturalmente e é sempre espirituosa. Não me tinha apercebido até agora, mas o clarinete e o piano têm um intervalo semelhante de expressão e um som perfeito juntos. Embora este seja improvisado espontaneamente, muitas vezes soa como se os dois músicos tivessem planeado com antecedência. Admiro o modo como este duo se intercala entre o tempestivo e o melódico, calmas secções, combinando forças até alcançar um som singular. Há alguns momentos em que eles empurram-se até às margens da liberdade, mas sem nunca perder de vista a sua química. É sem dúvida um dos duetos mais espontâneos que eu ouvi!”
Bruce Lee Gallanter, Downtown Music Gallery
Sabir Mateen
Biografia
Tendo-se tornado conhecido pelas suas actuações no metro de Nova Iorque com o quarteto de free jazz Test, Sabir Mateen toca principalmente um apaixonante, contudo pleno de nuances, sax tenor, se bem que esteja igualmente confortável no sax alto, no clarinete e na flauta. Mateen é capaz dum som crú e absolutamente explosivo, mas frequentemente mostra um gradiente de ampla dinâmica e uma faceta mais subtil, inclinando-se por vezes para um free-bop melódico. Nascido em Filadélfia, Mateen fez as suas primeiras gravações na Costa Oeste, com a Pan African People’s Arkestra do pianista Horace Tapsott, em 1980. Tocou também com Sun Ra, se bem que nunca tenha integrado oficialmente o agrupamento de Ra. Em 1989, por influência do lendário baterista Sunny Murray, Mateen instala-se em Nova Iorque, e passa os anos seguintes envolvido na cena avant-gard nova-iorquina.
Em 1995, gravou Getting Away With Murder, em duo com o baterista Tom Bruno, um álbum ao vivo gravado na Grand Central Station de Nova Iorque e editado pela Eremite. Os anos seguintes viram um gradual aumento das gravações de Mateen. Ingressou no quarteto Test de Tom Bruno, com o baixista Matt Heyner e o saxofonista Daniel Carter, e ganhou notoriedade pelos concertos clandestinos que a banda deu nas estações de metro de Nova Iorque. Paralelamente, outros trabalhos que o destacaram incluem a sua participação no Raphe Malik Quartet e no One World Ensemble. Também formou o trio Tenor Rising Drums Expanding, com Daniel Carter e o baterista David Nuss, o qual gravou com a Sound @ One, a partir de 1997. Nesse mesmo ano, Mateen liderou o seu próprio trio (com o baixista John Voigt e o baterista Lawrence Cook) numa sessão para a Eremite, produzindo o muito bem recebido Divine Mad Love. No ano seguinte, fez parceria com Sunny Murray para We Are Not at the Opera; um álbum em duo da Eremite, que, entre 1998 e 1999, também lançou uma série de gravações do Test.
No final do ano 2000, surgiram mais gravações em formato de duo: Brothers Together, com o brilhante Hamid Drake, na Eremite, e Sun Xing, com Ben Karetnick, na JMZ. No princípio de 2001, Mateen liderou um quinteto que também incluiu Raphe Malik em Secrets of When, uma edição da Bleu Regard.
Nos últimos anos, Sabir Mateen multiplicou-se em concertos e gravações, em várias parcerias e agrupamentos. Em 2010, a Not Two editou Sound Gathering, que Mateen partilha com o saxofonista Norueguês Frode Gjerstad e que conta com os contributos de Steve Swell no trombone, Clif Jackson no baixo e David Gould na bateria. Também este ano, a partir de uma gravação ao vivo datada de 2008, surgiu URDLA XXX, pela RogueArt, o primeiro trabalho de Mateen editado a solo.
Matthew Shipp
Biografia
Com o seu estilo único e distinto, o pianista Matthew Shipp trabalhou e gravou intensamente durante a década de 1990, criando temas em que entrelaçou free jazz com música moderna de pendor clássico. Tornou-se conhecido, no início dos anos 90, enquanto pianista do quarteto David S. Ware e, em pouco tempo, surgiu a liderar projectos próprios – frequentemente com um seu parceiro no Ware, o baixista William Parker – e a gravar uma série de duetos com uma variedade de músicos, do lendário Roscoe Mitchell ao violinista Mat Maneri, o qual começou a surgir em gravações nos anos 90. No final dessa década, pelas suas prestações em disco e ao vivo e pelo seu constante evoluir pessoal, Shipp era já considerado como uma prolifica e respeitada voz da música criativa.
Nasceu nos anos 1960 e foi criado em Wilmington, no Delaware, pelo não surpreende que Shipp tenha crescido rodeado por gravações de jazz dos anos 50. Começou a tocar piano com a tenra idade de cinco anos e, por altura dos seus doze anos, decidiu centrar-se no jazz. Shipp tocou num Fender Rhodes em bandas de rock, enquanto que em privado devorava discos duma grande variedade de músicos de jazz. O seu primeiro mentor foi um homem de Wilmington, de nome Sunyata, o qual era entusiasta duma série de disciplinas, além da música. Mais tarde, Shipp estudou Teoria da Música e Improvisação com Robert "Boisey" Lawrey, que também foi professor de Clifford Brown, além de piano clássico e clarinete baixo. Depois de um ano na Universidade do Delaware, Shipp foi, por um curto período, aluno de Dennis Sandole, após o que frequentou o New England Conservatory of Music por dois anos.
Em 1984, Shipp instalou-se em Nova Iorque, onde em breve viria a conhecer o baixista William Parker, entre outros. Ambos encontravam-se a tocar com o saxofonista tenor Ware, em 1989. Entretanto, Shipp havia iniciado a carreira discográfica num dueto com o saxofonista alto Rob Brown, em Sonic Explorations, gravado entre Novembro de 1987 e Fevereiro de 1988. Matthew Shipp casou com a cantora Delia Scaife, em 1990. Criou então o seu próprio trio com Parker e os bateristas Whit Dickey e Susie Ibarra. Shipp foi cabeça de cartaz em concertos e gravações de editoras como a FMP, a No More, a Eremite, a Thirsty Ear, a Silkheart, entre outras.
Em 2000, Shipp foi convidado para coordenar a colecção Blue Series, da Thirsty Ear. Esta excelente colecção integrou música dele próprio, bem como gravações de William Parker, Tim Berne, Roy Campbell, Craig Taborn, Spring Heel Jack e Mat Maneri. No ano seguinte, assistiu-se à edição de Nu Bop, uma exploração pelo jazz tradicional, à qual se seguiu, em 2003, o seu contrapeso, Equilibrium. Em 2004, Shipp editou Harmony and Abyss, uma meditação sobre estruturas repetitivas melódicas e harmónicas. Em Janeiro de 2006, lançou One e Piano Vortex seguiu-se um ano depois. 4D, apresentando Shipp a solo ao piano, foi lançado no princípio de 2010.
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