17.6.10

A ler em loop

O Público de hoje (sem ligação disponível) tem uma notável crónica de Esther Mucznik. Tenho pena que não esteja em linha; transcrevo o primeiro parágrafo:

"Em Israel, de onde escrevo esta crónica, há uma interrogação em todos os rostos: Porquê? Porquê esta hostilidade crescente que frisa o ódio, esta condenação unânime e desproporcionada? Porquê este escrutínio obsessivo, esta criminalização permanente? Porque é tão ténue a fronteira entre a crítica política e o questionamento da sua legitimidade nacional? Porquê, apesar dos 1500 correspondentes internacionais e os mil enviados especiais por ano a desinformação é permanente e devastadora? porqu~e esta surdez colectiva, esta selectividade da memória, esta ideologização passional na relação com Israel?"

E o último:

"Comecei esta crónica com uma interrogação. Mas a resposta é óbvia. A história é uma grande mestra."

Tudo o que fica pelo meio deve ser lido, relido e perguntado cada vez que um democrata ocidental (não um anti-semita, claro. É espécie que já não há), defensor desse paraíso da liberdade e da igualdade que é o mundo árabe escreve sobre qualquer coisa que Israel faça, ou não faça.

1 comentário:

  1. Nao achas um pouco absurdo que se equacionem criticas a Israel com apoio incondicional ao outro lado? Criticar um estado que consistementemente tem violado os acordos que assinou, ignorado resolucoes das Nacoes Unidas e bombardeado soldados da paz, nao significa apoiar os hamases e os arafates que abundam pela Palestina. Significa simplesmente a critica de uma atitude a todos os titulos indefensavel.A critica pode ser unidireccional, sem perspectivar em relacao ao outro, ou nao pode? E seria bom que as vitimas de ontem nao se vestissem de carrasco hoje, mas nao e' esse o caso infelizmente.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.