1.12.10

Retratos sonhados

I
Conheci A. em Nápoles. A sua forma de amar era ingerir; como gostava de tudo, comia tudo: bebidas, pessoas, comida, filmes, livros, música. Depois defecava, em fezes longas, redondas e duras como o pau de um preto erecto, castanho escuras. Um dia ocorreu-me que nunca percebera se ela gostava mais de ingerir se de cagar, e vim-me embora.

II
O dinheiro fazia-o viver, mas não o fazia correr. Um dia descobriu que não sabia viver sem correr.

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