“Viajar de avião” é – suponho que isto seja consensual – um oxímoro. Uma pessoa não “viaja” de avião; quando muito, desloca-se, vai de um sítio para outro, vai ali e vem já. Mas não viaja.
Esta regra tem excepções, claro; no Burundi e no Zaire fiz verdadeiras viagens de avião, expedições daquelas em que se era recebido com tiros, ou não se encontrava a pista – já por aqui contei algumas dessas, e um dia contarei outras, se tiver tempo. Viajar inter-ilhas nestas paragens é decerto uma excepção, também.
As ilhas são muito pequenas, e não há mercado para grandes trajectos. Acresce que as clivagens linguistícas se repercutem na economia (enfim, moldam-na) e se é chato viajar de uma ilha para outra se forem da mesma língua, se forem de línguas diferentes a viagem transforma-se num verdadeiro jogo da macaca.
Hoje vou de St. Martin (Sint Maarten, porque o aeroporto está na parte holandesa da ilha) para Grenada (anglófona). O trajecto é: Sint Martin / Nevis / Antigua; 2 horas de escala (previstas – na realidade foram duas e meia) em Antigua. Antigua / Dominica / Barbados. Duas horas de escala. Barbados / Grenada. A viagem dura 7 horas e meia, das quais quase cinco em escalas. Para fazer uma distância inferior à de Lisboa / Madeira.
Isto dito, estou contente por aterrar em Dominica. A ilha encantou-me quando passei por ela na viagem para St. Martin. Parece um longo acento circunflexo pousado no mar, as encostas cobertas de vegetação; vêem-se pouquíssimas casas. Há, ao que me disseram, 365 rios. Deve ser lindíssima.
Escrevo estas linhas no aeroporto de Barbados. Comi um jerk de porco que merecia o nome. Uma vez fiz um, no Skipper, que ficou óptimo.
Barbados é a primeira ilha com aspecto "civilizado" onde estou (só depois me lembro de que estou no Reino Unido. Não é preconceito - se bem nada tenha contra eles, é uma simples constatação, as minhas desculpas pelo equilibrante galicismo). Claro que a civilização é cara. Longe estão os betas (para quem não sabe, rum e coca-cola, em certos meios selectos) a dois euros de Antigua.
Esta regra tem excepções, claro; no Burundi e no Zaire fiz verdadeiras viagens de avião, expedições daquelas em que se era recebido com tiros, ou não se encontrava a pista – já por aqui contei algumas dessas, e um dia contarei outras, se tiver tempo. Viajar inter-ilhas nestas paragens é decerto uma excepção, também.
As ilhas são muito pequenas, e não há mercado para grandes trajectos. Acresce que as clivagens linguistícas se repercutem na economia (enfim, moldam-na) e se é chato viajar de uma ilha para outra se forem da mesma língua, se forem de línguas diferentes a viagem transforma-se num verdadeiro jogo da macaca.
Hoje vou de St. Martin (Sint Maarten, porque o aeroporto está na parte holandesa da ilha) para Grenada (anglófona). O trajecto é: Sint Martin / Nevis / Antigua; 2 horas de escala (previstas – na realidade foram duas e meia) em Antigua. Antigua / Dominica / Barbados. Duas horas de escala. Barbados / Grenada. A viagem dura 7 horas e meia, das quais quase cinco em escalas. Para fazer uma distância inferior à de Lisboa / Madeira.
Isto dito, estou contente por aterrar em Dominica. A ilha encantou-me quando passei por ela na viagem para St. Martin. Parece um longo acento circunflexo pousado no mar, as encostas cobertas de vegetação; vêem-se pouquíssimas casas. Há, ao que me disseram, 365 rios. Deve ser lindíssima.
Escrevo estas linhas no aeroporto de Barbados. Comi um jerk de porco que merecia o nome. Uma vez fiz um, no Skipper, que ficou óptimo.
Barbados é a primeira ilha com aspecto "civilizado" onde estou (só depois me lembro de que estou no Reino Unido. Não é preconceito - se bem nada tenha contra eles, é uma simples constatação, as minhas desculpas pelo equilibrante galicismo). Claro que a civilização é cara. Longe estão os betas (para quem não sabe, rum e coca-cola, em certos meios selectos) a dois euros de Antigua.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.