20.4.11

Os dias do dia

Da manhã gosto de amar-te, do cheiro do café, da manteiga salgada da Bretanha a derreter-se em cascatas para a toalha. Gosto do ar fresco, quase líquido, que saiu da noite e é estimulante, picante.

Da tarde gosto de amar-te, da luz, das paisagens que se escondem debaixo de uma chuva tímida, tão tímida que não chove, quase.

À noite gosto de pôr uma das minhas mãos, a que tem sorte, sobre um dos teus seios, depois de amar-te, e de esperar acordado que tu acordes. À espera de que volte a ser manhã.

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