A minha mente enche-se pouco a pouco, o que é uma bem vinda mudança: antes de se encher estava vazia, tal como a minha avó antes de morrer estava viva e eu antes de cair estava na bicicleta.
Não sei se se enche, a mente, das substâncias adequadas: a melhor delas todas, as substâncias, por exemplo não está cá; és tu, como sabes. E não estás cá.
O que me leva a pensar que a mente se enche, mas não o tacto, e que talvez o tacto seja parte da mente, não sei. Acho que não: o tacto é parte da pele e a mente não tem que eu saiba pele.
Pelo que a mente se enche mas não, estamos a chegar a uma conclusão, das substâncias adequadas. Como paio, mas não me vaio para a mente; bebo vinho, e tão pouco vai. A mente não se enche se não de coisas que não interessam, outra conclusão: o gordo ao balcão da loja onde estou, que debita disparates mais depressa, e mais profundos, do que eu; a queca de Cascais que acabou de sair da dita loja (é um antiquário que serve vinhos, no Princípe Real). O autocarro de turistas; o calor que só um balde de Gin Tonic no Lost In seria capaz de estancar, se Deus quisesse.
Nada como uma mente vazia que se enche de pequenos nadas, uma pequena cheia de grandes nadas que não mente, um nada cheio de pequenas mentes que escrevem ao som de disparates de café e prefere, para o efeito, disparates de tascas, mais fáceis de digerir do que disparates bem articulados.
Disparates com palavras como "parâmetros" são uma porra, sobretudo se "parâmetros" tiver sido mal utilizado. Prefiro uma boa dor nos tomates, uma gaja boa, um copo de vinho, o vento no Lost In, a cama que tu enches e que sem ti de súbito não é sequer cama; prefiro a ausência de juma vírgula a uma vírgula a mais. Prefiro uma palavra a menos a outras, muitas, mal colocadas. Prefiro vadiar por esta cidade a vadiar por um emprego fixo no cemitério de Lausanne; ou mesmo sem emprego, fixo no cemitério de Lausanne.
Curioso como tudo o que é mau inclui a palavra "fixo".
Não sei se se enche, a mente, das substâncias adequadas: a melhor delas todas, as substâncias, por exemplo não está cá; és tu, como sabes. E não estás cá.
O que me leva a pensar que a mente se enche, mas não o tacto, e que talvez o tacto seja parte da mente, não sei. Acho que não: o tacto é parte da pele e a mente não tem que eu saiba pele.
Pelo que a mente se enche mas não, estamos a chegar a uma conclusão, das substâncias adequadas. Como paio, mas não me vaio para a mente; bebo vinho, e tão pouco vai. A mente não se enche se não de coisas que não interessam, outra conclusão: o gordo ao balcão da loja onde estou, que debita disparates mais depressa, e mais profundos, do que eu; a queca de Cascais que acabou de sair da dita loja (é um antiquário que serve vinhos, no Princípe Real). O autocarro de turistas; o calor que só um balde de Gin Tonic no Lost In seria capaz de estancar, se Deus quisesse.
Nada como uma mente vazia que se enche de pequenos nadas, uma pequena cheia de grandes nadas que não mente, um nada cheio de pequenas mentes que escrevem ao som de disparates de café e prefere, para o efeito, disparates de tascas, mais fáceis de digerir do que disparates bem articulados.
Disparates com palavras como "parâmetros" são uma porra, sobretudo se "parâmetros" tiver sido mal utilizado. Prefiro uma boa dor nos tomates, uma gaja boa, um copo de vinho, o vento no Lost In, a cama que tu enches e que sem ti de súbito não é sequer cama; prefiro a ausência de juma vírgula a uma vírgula a mais. Prefiro uma palavra a menos a outras, muitas, mal colocadas. Prefiro vadiar por esta cidade a vadiar por um emprego fixo no cemitério de Lausanne; ou mesmo sem emprego, fixo no cemitério de Lausanne.
Curioso como tudo o que é mau inclui a palavra "fixo".
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.