Olho para o Marquês que olha para a cidade que olha para o rio. Em breve tudo isto será passado; depois, pouco depois, será outra vez futuro. Penso no tempo, na cidade, em ti. Lisboa é só uma, tu és muitas. Ou ao contrário: tu és só uma, Lisboa são muitas, tantas quantas o tempo. Ilusão eterna do que foi, será, é. Hoje é. Somos - a cidade, o tempo, tu, eu, a desmesurada bandeira de Portugal que neste fim de tarde cinzento é bela, pela primeira vez. Sê-lo-á sempre, doravante: o que já foi é, e nunca deixará de ter sido.
Lisboa e o tempo, tu e eu; tu e Lisboa, o tempo e eu. A vida não é uma figura geométrica, mas se fosse seriam estes os seus vértices. Falta um: o mar. Mas no mar não há tempo, não há tu, nem eu, muito menos Lisboa: no mar não há nada se não o mar, nada se não a vida.
Lisboa e o tempo, tu e eu; tu e Lisboa, o tempo e eu. A vida não é uma figura geométrica, mas se fosse seriam estes os seus vértices. Falta um: o mar. Mas no mar não há tempo, não há tu, nem eu, muito menos Lisboa: no mar não há nada se não o mar, nada se não a vida.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.