Hoje os bordos foram a terra. Não tinha trabalho e fomos, a minha jovem metade pensante e eu a St. John's, "à aventura". Chegámos às cinco da tarde, o princípio do fim do dia. A cidade estava como sempre (quando não é domingo) cheia de gente, fervilhante. É a única forma de gostar de St. Johns: sendo pouco interessante - enfim, totalmente desinteressante - só o caos lhe dá vida e a torna atraente.
Começámos pela livraria. Chama-se Best of Books. Tem uma boa colecção de livros de receitas locais, alguns clássicos e todos os
best-sellers do momento. Fica ao lado do
Hemingways, que hoje estava aberto - "está quase sempre, há 21 anos", diz-nos Ann, a encantadora proprietária do local. Nunca lá tinha ido. Falha minha, ou desencontro - a verdade é que não vou muitas vezes a St. Johns.
O restaurante é lindo, os
rum punch do melhor (sobretudo o "Clássico". O outro é demasiado doce para o meu gosto), os aperitivos (provámos
conch fritters,
crab cakes e
saltfish fricassée) muito bons. Ficou a vontade de lá voltarmos para jantar a sério um destes dias.
Quando íamos a sair falámos de novo com Ann e o local, mais do que encantador, tornou-se mágico. Ann é filha de um português ("Camacho, da Madeira") cuja família está na ilha desde o século XVIII. O edifício onde estávamos a comer foi construído pelo seu trisavô madeirense e nunca saiu das mãos da família.
Portugal está em todo o lado, mesmo quando se afasta de nós.
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Hemingways com dona ao fundo |
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Padaria móvel e respectiva padeira (foto de TVP) |
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Pessoas ocupadas em St. Johns |
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Esquina de fim do dia |
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Casino e Poker Club Keno Palace |
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(Fotografia de TVP) |
De volta ao Reef Gardens, o nosso lar doce lar, o dia escoa-se, ajudado por umas cervejas; somos empurrados para fora dele por uma horda de mosquitos alucinados de fome (ou sede?). Antigua e Barbuda é o 16º país mais feliz do mundo. Deve haver por aí uma injustiça ou imprecisão quaisquer, mas pouco me importa.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.