6.2.12

Diário de bordos - 060212

Posso averbar um Super Bowl no CV.

A primeira coisa que me fez estremecer foi aperceber-me de quanto eu sei de futebol, afinal. Isto é, olho para um jogo de futebol e sei o que as pessoas que correm atrás da bola tentam fazer. Levei meia-hora e dois artigos pescados na net para chegar quase ao mesmo ponto no que respeita ao futebol americano. Quase é um exagero.

O Mad Mongoose estava cheio, mas menos do que eu esperava; e mais silencioso - se fosse um jogo de futebol equivalente (uma Taça do Mundo, suponho) haveria gritos, exclamações, urros, reclamações, encorajamentos, ameaças, avisos, comentários a um ritmo aproximadamente mil vezes superior às manifestações daquele público ordeiro.

A equipa de B. perdeu. O homem estava destroçado, devastado, desfeito. Encontrei-o hoje de manhã. "Então, estás melhor?" "Não." "Ora, isso vai passar; é só um jogo." "Não vai passar. Vou pensar nisto o ano todo, até ao próximo."

Vi Madonna pela primeira vez. Um gajo pode não gostar da música, mas é impossível não ficar subjugado pelo profissionalismo da mulher, pela qualidade do espectáculo.

Os anúncios são fantásticos; vale a pena vê-los apesar de serem várias vezes interrompidos pelo jogo.

Num jogo que é, passe o eufemismo, violento vi dois jogadores deitar-se ao chão lesionados. Mais ou menos a mesma coisa do que no futebol a cada dois minutos. Com uma diferença: estavam mesmo lesionados.

Foi uma noite gira (sobretudo graças à escassez de ruidosas manifestações de "emoções"), a comida excelente, gostei de perceber um bocadinho do jogo - que me parece mais interessante e complexo do que o nosso futebol, mas isso deve ser por não gostar dele, passe o eufemismo. Não creio contudo que vá reservar já um lugar para o do ano que vem. Mesmo se soubesse onde estarei daqui a um ano.

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