16.9.12

Palma de Maiorca, Ilhas Baleares, Espanha, 16-09-2012

Muito devagar, passo a passo, espirro a espirro, o verão vai-se embora. Já de vez em quando à noite é preciso uma manta; de manhã um pico, um arrepio, uma surpresa estimulam o passo e fazem-me querer chegar depressa à minha mesa, esperar pelo café que já vem mesmo sem ser pedido e sem açúcar nem colher. 

O sol está perto do Equador, muito perto; meia dúzia de dias e passa para o lado de lá. A T. também está perto do seu equador: mais um dia ou dois e começa a trabalhar. Agora falto eu; onde estará a linha? Preciso de voltar para o mar, por muito que goste de Palma. Nem que seja para uma saída de fim-de-semana, para meia dúzia de horas.

A terra tem poucas supresas, é sempre igual; o mar não. Muda constantemente, apesar de parecer o contrário a quem o vê de fora. Em terra todo o marinheiro é triste; ou será a terra que é triste?

Ontem fomos ao concerto do G. e da sua banda, os Fruto de la Manga. São muito bons, o Bluesville estava apinhado. T. cantou duas canções. Foi a primeira vez que a ouvi cantar num sítio assim, "profissional"; o público gostu muito. Eu também, apesar de preferir ouvi-la a cantar jazz.

A vontade é um labirinto misterioso, incompreensível até se lhe ver os resultados.

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