Pela primeira vez na vida achei uma bebida num bar demasiado grande. É preciso contextualizar, claro: a véspera tinha sido de chuva, aquela que nos Estados Unidos é verde e na Europa é cada vez menos. Abrigámo-nos em tudo quanto é sítio: pintxos no Lizarran, jantar na Taberna do Caracol (um endereço a reter absolutamente) e - no meu caso, a metade pensante de mim estava cansada - noite no Bluesville. De modo no dia seguinte pedi um meio Ricard (sim, existe) no Antiquari para abrir o apetite, coitado, que estava um bocadinho fechado e a rapariga - uma mexicana muito bonita, suave, discreta - encheu-me um copo gigantesco daquilo. Deu para dois bem puxados, e como a jovem metade não gosta de pastis lá tive eu de me sacrificar, como sempre.
Mas a verdade é que foi muito, dois Ricard antes de um almoço de depois da chuva.
Há uma relação entre a evolução e a bicicleta, pensei nisso o dia todo. Talvez apareça um dia uma coisa que se adapte melhor às deslocações urbanas do que a bicicleta - um Segway menos ficção científica, uns patins menos escultura viva ou brincadeira aplicada, qualquer coisa -; mas por enquanto a bicicleta parece-me o propósito da estação vertical. Temos duas pernas porque temos duas rodas e dois pedais para as complementar (e isto digo eu e não acredito em teleologias, sejam elas quais forem). É bom andar de bicicleta, quase tão bom quanto navegar.
O mini-restaurante Casa Julio ("Uma casa de comidas moderna", diz o título de um artigo de jornal que está emoldurado numa das paredes) confirmou: é um grande restaurante, no qual, após madura reflexão (retratada na fotografia abaixo) a jovem e pensante metade de mim concordou que a ideia de irmos a Portugal ver o nosso amigo Júlio não era má ideia, antes bem pelo contrário.
E eu lá bebi um copo de vinho tinto, para celebrar (antecipação dos muitos que vamos beber em Évora).
Hoje o passeio vai ser de carro. Também é bom.
Mas a verdade é que foi muito, dois Ricard antes de um almoço de depois da chuva.
Há uma relação entre a evolução e a bicicleta, pensei nisso o dia todo. Talvez apareça um dia uma coisa que se adapte melhor às deslocações urbanas do que a bicicleta - um Segway menos ficção científica, uns patins menos escultura viva ou brincadeira aplicada, qualquer coisa -; mas por enquanto a bicicleta parece-me o propósito da estação vertical. Temos duas pernas porque temos duas rodas e dois pedais para as complementar (e isto digo eu e não acredito em teleologias, sejam elas quais forem). É bom andar de bicicleta, quase tão bom quanto navegar.
O mini-restaurante Casa Julio ("Uma casa de comidas moderna", diz o título de um artigo de jornal que está emoldurado numa das paredes) confirmou: é um grande restaurante, no qual, após madura reflexão (retratada na fotografia abaixo) a jovem e pensante metade de mim concordou que a ideia de irmos a Portugal ver o nosso amigo Júlio não era má ideia, antes bem pelo contrário.
E eu lá bebi um copo de vinho tinto, para celebrar (antecipação dos muitos que vamos beber em Évora).
Muito gosto em vos ver :)
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