Não acredito em jovens deuses. Nunca acreditei; menos agora: sou demasiado velho e demasiado falível para ser jovem, muito menos deus.
Por vezes deixo-me ir, coisa que um jovem deus não faz, em circunstância alguma. Deixar-se ir é um privilégio, e um jovem deus não sabe o que é um privilégio: tudo lhe é dado.
Deixar-se ir tem vantagens e desvantagens. Aquelas são permanentes; estas, graças aos deuses velhos, passageiras.
Os jovens deuses têm, contudo, uma indiscutível utilidade: lembrar-nos que não nos devemos deixar ir por muito tempo.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.