Gosto muito de fazer pão; desta vez tive sorte, em S. Francisco encontrei uma farinha integral que faz um excelente, saboroso, firme.
Começo por misturar quatro porções de farinha com a respectiva quantidade de levedura, um pouco de sal (não sei quanto, mas decerto mais do que a legislação portuguesa autoriza, infelizmente) e um pouco de azeite. Depois amasso isto tudo com uma porção de água, deixo levedar (aqui é muito rápido, em meia hora está pronto para ir ao forno).
O forno que tenho a bordo não presta para nada, mas enfim, lá me vou ajeitando. De resto, a melhor parte de fazer pão é amassá-lo, não é esperar que o fogão se decida a entregar-no-lo pronto e com um mínimo de queimaduras (tanto no pão como em nós).
A melhor maneira de amassar um pão é pensar numa pessoa que gostássemos de amar e odiemos; ou, inversamente, uma que tentemos odiar e amemos. A alternância de raiva e ternura, amor e ódio faz o pão mais tenro, mais saboroso, atraente. Como a vida, de resto.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.