A cidade não é amiga de quem não anda de carro: para os peões, passeios estreitos, esburacados, sujos, cheios de águas cuja origem é difícil de identificar; as passagens são olimpicamente ignoradas pelos condutores - hoje ia sendo atropelado, verdadeiramente atropelado, no sentido físico do termo -; para os ciclistas (isto é informação em segunda mão, nunca andei de bicicleta na cidade): os carros não nos respeitam, buzinam todo o tempo, são agressivos, é só autoestradas e vias rápidas.
O curioso é ser igualmente tão-pouco amiga dos automóveis. Os engarrafamentos são permanentes e monstruosos - piorados porque estão a construir um metro e a cidade está em obras -, as ruas esburacadas, o estacionamento uma lotaria.
A cidade não é amiga de quem quer que seja que nela se desloque, viva ou que simplesmente a visite.
É espantosa, surpreendente, inesperada, chiante muitas vezes. Mas não é amiga.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.