Em ti começo o dia a brincar. O nosso recreio é o mundo.
A tua pele uma carta geodésica, falha sísmica, tremor de terra matinal.
O nosso recreio é o mundo. É nele que brinco em ti
de manhã, colinas, olhos, uma orelha aqui outra
ali, a mão, pedaços de vento como safiras ou esmeraldas ou
aquelas pedras com nomes exóticos como tanzanite, ou banais como
quartzo. Estalactites.
Já estive na Tanzânia como estive em ti: de passagem, como o vento
ou esta água que agora vejo desfilar à proa como de manhã
te vejo desfilar. De passagem.
Já estive em ti. És o meu recreio o meu mundo a minha falha o meu sismo.
Já estive em ti. És a minha pele.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.