Quando digo às pessoas que sou marinheiro duas questões aparecem muito rapidamente: "Marinheiro... Uma mulher em cada porto, não é?" e "Já passaste por muitas tempestades?"
Só hoje me apercebi de que a resposta às duas questões é a mesma: não tenho uma mulher em cada porto, mas cada mulher foi um porto para mim. Um porto no qual me abriguei das tempestades interiores, que não são inferiores, muito longe disso, às outras. Não se vêem, não se ouvem, mas sentem-se; e são, sempre, mais violentas.
(Um marinheiro está preparado para lidar com tempestades; é como para um padeiro lidar com um forno. Mas ninguém está preparado para as tempestades que vêm de dentro.)
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.