Em breve deixarei o Panamá, se tudo correr como espero. Raros são os países que me alegra deixar tanto como este. O Brasil é o primeiro que vem à mente, com uma ressalva: lá pelo menos as pessoas são simpáticas e sorridentes e agradáveis. A antipatia e má educação deste povo estão a tornar-se uma obsessão para mim. Ontem ao almoço desencomendei o que tinha pedido, levantei-me e vim-me embora; ao jantar fui desnecessariamente duro com a rapariga do Kaiukos, o restaurante onde tivemos de ir jantar por falta de alternativas.
Não gosto de obsessões, e em mim tolero-as ainda menos do que nos outros.
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Pequenos prazeres:
Ouvir uma senhora sexagenária - pelo menos - bonita, bem arranjada, cheia de classe, dizer ao marido septuagenário "vai-te foder".
O marido está vestido mais à marinheiro: t-shirts que fazem as minhas passar por acabadinhas de sair da loja (e estão - a mais velha tem seis anos -) mudadas de três em três dias, e é um senhor simpático que todos os dias me fala da corrente induzida que tem a bordo.
Recentemente falava-me numa ilha grega e explicava-me que era a ilha "onde viveu João." "João Baptista?" perguntou a senhora que hoje terna e amorosamente o mandou foder-se, não sei porquê. "Não, o outro, o que escreveu a Escritura". Não sabia que João tinha vivido na Grécia, muito menos em que ilha, mas gosto muito deles. É um casal bonito de se ver, e ouvir.
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Preciso de mar.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.