Fui cortar o cabelo. É um acontecimento importante; só ocorre duas vezes por ano, nos lugares mais diversos: Costa Rica, Espanha, Brasil, para citar os três últimos.
O meu favorito até hoje foi o de S. Luís: cinco minutos. Cinco.
Hoje receei quando vi a senhora puxar um banquinho para o pé da minha cadeira e sentar-se nele. Mas acabou por ser rápido e agradável. Por onze euros cortou-me o cabelo e aparou-me as sobrancelhas. As duas. Parece que tenho os pelos muito compridos. É-me indiferente, na verdade; acredito na senhora: pelo aspecto já não tem idade para aventuras.
O ideal seria que os meus cabelos parassem de crescer, ou começassem a crescer mais devagar. Crescer e cair é que é inútil. Continuo a ter que cortar os que ficam.
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Dois maricas beijam-se na Bodeguita del Medio. Outros dois banham-se na praia - está frio, mas sol. Na praia al lado, a dos nudistas, um casal joga na areia àquele jogo das raquetes, uma espécie de ténis sem rede e um senhor toma banho.
Estou-me nas tintas para os maricas e para os nudistas (grupo que de resto integro quando estou em casa ou sozinho no mar). Mas gosto da liberdade. Uma sociedade livre não morrerá nunca.
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Mar.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.